quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

silêncio

o vento havia, faz tempo,
morrido.
hoje
aqui ou ali
nem silencio
nem silencio
existia
havia
é claro
céu azul
amarelo
dourado
combinado
com o desbotado
dos meus dentes
amarelados
param quando
passam nuvens
pisco e pulam
nuvens sozinhas
moscas sem zumbido
nuvens
cai
agua
distâncias
enormes
e meu peito
e meu peito
escuro…escuto…
meu peito.
seco, seco
o ar
atrapalha minha língua
sozinha
esbarra sozinha
rainha sem reino
livro fechado….
e na alma
ali debaixo
dos cabelos
finos,
o persistente
pensar…
não para, não passa, não deixa…
em paz
meu peito.