o beijo que passou passou.
mas dele alguma coisa ficou.
herpes?
frases soltas, poesias inúteis sobre temas desnecessários, idéias que um dia podem se destransformar, um blog para perpetuar enquanto existir o oco.
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
av paulista
Na avenida paulista de frente pro mar
eu sentado em sombra de embaúbas
vendo de longe naus, motos...
carros, asfalto e corais...
telúricas tetas brancas nas janelas.
paulistanas pontuais
dançando apressadas,
saltos adestrados
pisando suave
no concreto macio dessa parsagada
poeira maresia
areia fina na brisa...
Sargaços...
brilhando, faróis...
Luzes mil
noite a dentro
Ondas quebrando nos pilares do Masp
O cheiro de queijo coalho
Invade a madrugada...
A rede esticada
Aproveita o sinal vermelho
Para descansar sobre a faixa,
todos param menos a rede que balança...
Nasce numa fresta de terra uma gerbera roxa de pvc, vergalhões, controles de ponto e bitucas acessas de cigarro
Por baixo da rede...
Botes, ferrys, cações ...
Passa aquele veleiro sem vento
brisa boa não empurra nem pensamento.
carregado por aratus avermelhados...
Passa desmaiado um homem com 1552 nós na gravata...
A moça do tempo
De biquini bondage
Disse chuva.
molhou tudo ...
Tudo exceto
Quem fumava nu nas esquinas...
Tatuadas.
O sotaque dos operários
Repetia.
E repetia...
Mas era sol e tudo refletia...
Era noite e já era dia...
aquela morena perdida
Jogava pequenas conchas do mar nas varandas fechadas
Esperando quem sabe o que ela esperava.
Morena devia ser cor
Deviam ser morenas as paredes...
Deviam ser morenas as flores...
Deviam ser morenas as nuvens...
As árvores, os montes, as ondas...
Os doces,
Os livros, as refinarias da petrobras a noite
Deviam ser morenas as revoluções
deixem a Juliet binoche fora disso...
São Paulo São Paulo
Achei sua melhor varanda...
seu peso
quanto pesa
seu corpo pequeno
e infinito?
sei,
que tudo
que é peso em você.
é muito menor
que a menor parte
do que pesa
meu desejo
sei do tamanho
da beleza
de cada grama do seu corpo,
e além.
não,
não sei,
minto,
deliro
sonho.
suor seu,
seu gosto?
não sei.
sei só da beleza
que todos sabem...
do que sabe o sol
não do que sabe a sombra
da persiana fechada...
mas se não sei
da sua beleza além
do que me mostra a luz do dia
imagino a beleza do seu
peso suando
tato e desejo.
imaginando.
delirio e sonho.
e assim sei tanto...
quanto apenas
memorias inteiras
de momentos que não foram...
eu, ignorante do que pesa
seu corpo.
só sei da beleza
do peso
de sua alma quase inteira
da pequena parte que me deu.
entretanto, sei com todas minhas certezas e
sonhos
que seu corpo
com seu peso inteiro
derramado sobre meu peito,
pesaria perfeito.
deixando
enquanto te esquecendo
sigo
deixo, não nego,
um tanto
desse sentir amargo
guardado
muito
bem dentro de mim...
sigo
deixo, não nego,
um tanto
desse sentir amargo
guardado
muito
bem dentro de mim...
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