quinta-feira, 17 de julho de 2008

poemas contratuais sobre cheiros

nada de promessas.
graças só valem de graça

acordei pensando em pedir
a deus
um pedido
bem simples.
nada comparado
aos que lhe pedem aqueles homens ajoelhados ...
nem aqueles outros
pedidos comprados
"te dou meus calos ou até mesmo meus carros"
meu pedido quero que venha de graça
ter meu corpo transformado
em cinzas com cheiro de sândalo
e sem fumaça...

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pedidos e promessas

se eu cheirasse
a sândalo permanentemente
da hora que acordo
até a hora que acordo novamente
e todas as moças olhassem pra mim
de um jeito
diferente
prometo rezando ajoelhado
nada de me meter
nas menores
e com as muito maiores
eu seria profundamente indiferente.
(com as casadas
não promento nada.)
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viva-gula

se eu fosse um cheiro
queria ser daqueles que não desse só
vontade de cheirar.
tipo:
torta de chocolate, café, pão quentinho....
queria um que cheirando só um pouco
já desse vontade de
(descer a roupa e )
provar.

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escambo

troco com você
meu cheiro
pêlo teu.

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